Poderia estar preocupado uma vez que este post nem sequer vai ter assim tanto interesse, vai ser um mero desabafo! No entanto, nem assim tão descontextualizado, uma vez que chego à conclusão que eu próprio sou um problema da lusofonia!
Sou mais um marinheiro que desde o século XV, se apaixonam por outro lugares, que saltam da Nau e nadam outra vez para Terra pois não querem regressar... à sua casa! Mas quem não quer regressar à sua casa?! Só se for quem já está em casa... E será que é possível ter-se mais que uma casa? A verdade é que até hoje, não se sabe bem se os navegadores saltavam da Nau por amor ou por medo da viagem de regresso...!
Bom, a verdade é que eu não pude saltar do avião!
Mas então, e quando nos apaixonamos por pessoas que estão, que vivem, nos lugares pelos quais estamos apaixonados? Vos garanto que também relativamente a este assunto sou apenas mais um marinheiro!
O velho dilema entre fazer o correcto, fazer o certo (que as vezes não é o correcto) ou fazer o que queremos (que raras vezes é o correcto ou o certo).
Apenas mais um a contribuir para a melancolia assumida do fado português, a contradição entre musica e mensagem do samba, a síntese entre os dois que é o chorinho, e o hipnotismo que os ritmos africanos causam nisto tudo! Mas no fundo todos "animados" por esse sentimento que é a saudade e que só nós conseguimos traduzir em apenas uma palavra!
Conclusão: andamos há séculos, literalmente, a magoar-nos uns aos outros! Andamos sempre à procura de fazer o correcto e de fazer o correcto em vez de fazermos o que queremos!
Pior de tudo é quando já só podemos utilizar o verbo querer no passado!
Eu escolhi o fazer o certo, o correcto, e um pouco do que queria (sim, porque eu também quero fazer certo e correcto), mas na verdade não fiz tudo o que QUERO!
Estou à espera do momento certo, seja ele promovido por mim, porque a vida nem sempre decide ser ainda mais amiga do que já é, e nem sempre precipita a oportunidade de fazer o que Quero na sua plenitude!
Até lá, vou indo, vou aprendendo a viver com a saudade que mais não é como um vulcão que umas vezes esta "adormecido" e outras vezes em "erupção"... de sentimentos que queimam!
Mais difícil é conseguir adormecer este vulcão de novo!!!
A saudade de quem se gosta é mais ou menos como o Chico escreveu: "Quem te viu, quem te vê/ Quem não a conhece não pode mais ver para querer/quem jamais a esquece não pode reconhecer."
Há poucas coisas piores do que se reconhecer e não se poder estar!
Disse.