sábado, 4 de junho de 2016

Estar À Espera Ou Procurar - B Fachada


Vais ficar pra mim
Vais ficar pra sempre aqui
Vais ficar eu sei
Vai ser tal qual eu sonhei
Quando vier no fim
Eu ainda vou gostar de ti
Se tu morreres então, não vou passar do ramadão
Vais ser mãe certeira
Eu vou poder até que enfim,
Ser pai a vida inteira
Ter horta e capoeira
Se tu passares eu não te vou deixar fugir de mim
Eu não te vou largar
Vou ser fiel sem me cansar.

Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar à espera ou procurar?
Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar à espera ou procurar?

Vais ser tu pra mim
Eu vou calar-me só pra ti
Deixar contigo a lei
Esquecer-me tudo aquilo que sei
Se tu passares meu bem
Será que vais notar em mim
Senão eu vou cá estar pronto para te encontrar.

Até consigo imaginar a tua cara, o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar à espera ou procurar?
Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar à espera ou procurar?


Quando uma música nunca fez tanto sentido... desde a letra até ao nome da banda.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

25 de Janeiro de 2016

Hoje é feriado em São Paulo.
Acordei cedo, fui à praia, revi Ipanema e o seu Morro dos Dois Irmãos e tomei mais um banho de mar. Entretanto fui ao Dentista Generoso e depois, vim ler para o Jardim do Museu da República aqui no Rio de Janeiro.
O jardim é bonito, seguro e bem cuidado. As pessoas passeiam, conversam aqui no bistrô, e umas velhotas (termo carinhoso) portuguesas jogam às cartas e discutem como a minha Avó Amélia e as suas irmãs discutiam quando jogavam às cartas.
De repente, num banco de jardim em frente a mim, chegam duas pessoas, um casal.
Parecem mendigos e parecem ter uma vida dura. As suas roupas estão gastas e os seus corpos são magros, queimados do sol e agastados pela vida.
Eles sorriem um para o outro. A menina faz um sorriso envergonhado e simples. Ele, vai falando coisas das quais não faço ideia, mas de um jeito muito sábio com o braço em cima dos ombros dela. Ela, cheia de pose, com aquele momento confortante, confiante, cruza a perna e vai sorrindo feliz.
Ambos têm sacolas, tenho a impressão de que têm a vida toda deles ali e nos seus cérebros. A vida deles deve ser bastante nómada. Ele, começa a retirar objectos de que ele gosta de dentro da sua sacola e a mostrar-lhe e a dar grandes e maravilhosas explicações. Mostrou um boneco de pelúcia e um cd. Ela, leu do seu jeito, o desdobrável da capa do CD.
Ele então, orgulhosamente, tirou o seu leitor de CD portátil, colocou o disco dentro e começou a ouvir deduzo eu, para ver se tudo estava a funcionar bem. Imediatamente colocou os headphones nos ouvidos dela e deixou-a ouvir, apreciando a vegetação que nos rodeava.
Ele, mostrou-lhe todo o património que carrega sempre com ele.
Ela, devolveu o esforço com um sorriso sincero e uma pose impecável do seu charme desgastado por uma vida dura.
Levantam-se e vão embora "jardim abaixo".
Todos temos direito à felicidade, ao amor e aos momentos verdadeiros. Faz parte da nossa natureza independentemente da nossa condição. Nesses momentos, só importa Nós e o Mundo que é igual para Todos.
Na maioria das vezes, somos nós próprios que nos enganamos a nós mesmos, fugindo da nossa verdade que a gente sabe que existe, mas que não queremos ouvir. 
Independentemente, de todas as minhas considerações mais justas ou menos justas sobre aquelas duas almas, eu assisti a um momento de pura sinceridade, de pura verdade da condição humana.
Que a vida, a cada um de nós, nos possa sempre dar essa verdade que existe em só de cada um. Que possamos sempre descobrir em Nós esses momentos verdadeiros que estarão sempre acima de qualquer condição social, económica, posto que são essência humana e essa, para o bem e para o mal é igual para Todos.

                                                                                                                                                        Disse.


"banco do momento verdadeiro. Eles já se tinham ido embora"









   

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Lusofonias e a Vida - “A poesia não salva o mundo. Mas salva o minuto”

"A gente é construção e não adianta fugir. A gente está aqui neste lugar lindo, com pessoas lindas, incríveis, mas o mundo está todo arrebentado. Aqui, na Europa, na Síria, nos nossos quartos, está tudo difícil. (...) A poesia, a música, uma pintura não salvam o mundo. Mas salvam o minuto. Isso é suficiente. A gente está aqui para dançar um pouquinho sobre os escombros. Não deixar que a poeira dê alergia nos olhos. Cada um faz como pode. O cirurgião vai tentar salvar todas as vidas que puder. A gente vai tentando salvar os segundinhos -  da minha vida, da vida de todos meus amigos e de alguém que lê uma estrofe. E já é bom."

Matilde Campilho

in http://publico.uol.com.br/culturaipsilon/noticia/a-poesia-nao-salva-o-mundo-mas-salva-o-minuto-1700928

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Qualquer coisa é motivo pra uma coisa levar a outra

"Qualquer coisa é motivo pra uma coisa levar a outra
Não é possível ser esperto, inteligente
E ao mesmo tempo amar
Não vou negar, não vou negar, enfim
As paixões, meu amor, são tontas, são tantas
Chegou a conta, esteja pronta, aquele ponto
Em que tudo muda
Não quero ser o último a chorar"


https://www.youtube.com/watch?v=TE_m5Je1KoE

sábado, 1 de março de 2014

22 de Dezembro de 2013

22 de Dezembro de 2013, são cinco da manha e eu faço tempo para o inevitável e para o começo de uma fase seguinte.
As horas antes de se entrar num avião, seja para iniciar ou terminar algo são sempre assim, como um dia perdido em que a nossa vida, o corpo e a alma param à espera de serem transportados para um outro lugar do interesse do nosso cérebro e voltar a desenvolver uma vida, um ritmo até que um avião nos leve para outro lugar qualquer.
Não me estou a queixar. Se viajamos, normalmente, é por boas razoes! A questão é que estas quebras de uma vida intensa fazem-me pensar.
E já que estou aqui a pensar, e já que é fim de ano, e já que são cinco da manha e eu não tenho nada para fazer neste momento e porque é bom fazer balanço para vermos a quantas andamos, aqui estou eu! 

O ultimo ano e meio foi, provavelmente, um dos períodos mais intensos da minha vida.
Totalmente preenchido profissionalmente, um pouco desequilibrado na vida pessoal. Talvez eu tivesse que passar por essa provação. Eu acredito que sim, mas a verdade, é que se por um lado me confirmei um pouco viciado em trabalho, por outro, nesta nova fase terei de procurar uma estabilidade pessoal. Procurar o meu espaço, porque é assim, nos precisamos do nosso próprio espaço. 
Acho que a minha Grande Missão em Caminha, esta quase terminada, e sem me desconcentrar dela penso poder trabalhar numa fase nova. 
Estas ferias em New York e as anteriores no Rio de Janeiro foram importantes para isso. Para uma preparação para algo que acredito que vira!

O trabalho foi iniciado, algumas cartas já foram lançadas e a verdade é que volto para Portugal com uma missão desta vez para a minha própria vida.
E aqui estou para fazer o que for preciso para que ela dê certo! Já só penso em fazer o que precisa ser feito! 

Apenas mais um desabafo, depois de três semanas maravilhosas em que abri a mente de novo, em que melhorei o meu inglês, numa altura em que tomei uma decisão que é um pouco contraditória com o que eu sempre busquei e pensei, não deixa de ser curioso que a ultima noite em New York seja passada em Newark, comunidade portuguesa, e tenha sido o ultimo jantar uma feijoada brasileira rodeado de brasileiros.
Posso parecer maluco, mas ninguém me tira da cabeça que eu estou no caminho certo e que certas coisas me dizem, até já!


Que assim seja, e que eu esteja à altura do desafio!!


Uma vida a despertar noutra vida que adormece!

http://www.youtube.com/watch?v=PAd8PlAHLa8

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Balanço de um Homem

Apetece-me escrever, mas não sei sobre o quê.
Ando angustiado talvez porque o Inverno começou. Não gosto do Inverno. Não Gosto de Chuva! Faz falta, eu sei, mas é chata! A ver se inventam uma bolha que nos proteja eficazmente da chuva.

Apetece-me escrever sobre a minha vida, mas não pretendo ser demasiado devasso de mim mesmo. Quero escrever sobre o Inverno que se passa na Economia e na Política deste País mas não sei nem por onde começar, nem  o que dizer porque tudo esta demasiado nublado para poder ser clarividente.

Gostaria então de ser vidente isso sim. Adivinhar coisas!!! Seria maravilhoso conseguir adivinhar! A vida seria mais simples... mais preguiçosa também.

Sinto-me o Knight Rider, o Justiceiro, que passa a vida solitariamente no seu carro, de um lado para o outro em missões.

Eu gosto de missões! São desafiantes! E quem me conhece sabe que eu não gosto de estar parado. Aliás, umas das coisas mais veraneias desta fase invernosa da minha vida tem sido, não parar.

Preciso voar de novo. Ser companheiro e ser acompanhado.
Preciso encontrar coisas novas na minha vida, e ela precisa de entrar numa nova primavera novamente.

Nós podemos ser bem sucedidos, sermos uns profissionais extraordinários, mas há uma coisa de que a vida nunca nos livra: dos desafios, e bem!
O que vou percebendo é que ninguém é de ferro, que ninguém tem a benção de não ter chatices para resolver e que a vida à medida que avança se torna mais complexa.

A única forma de sermos felizes nessa complexidade é estarmos acompanhados. 
Ao estarmos acompanhados, a nossa vida passa a ser outra coisa para além das complicações que ela tem. Passamos a ter uma válvula de escape...

E assim se faz o balanço de um Homem.


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dificilidades

A verdade é que isto não anda nada fácil!

O complicómetro esta ligado e não dá para ser desligado! Uma fase chega ao fim e outra começa e eu nunca vi finais fáceis... se existem eu não tenho sido bafejado por essa sorte, mas a verdade é que, as coisas assim - menos fáceis ou absurdamente difíceis - terão outra razão de ser no final, outro tempero e mais substancia para absorver.

As pessoas são complicadas, as situações são complicadas, as vidas são complicadas e parece que tudo tende a complicar-se ainda mais. É a vida! A vida é assim, cada vez mais complexa.

A verdade é que se queremos uma vida mais facilitada só temos um caminho: voltarmos a ser crianças. Ai, a inocência impera e a crueldade é devidamente autorizada.
A outra opção é tornarmos-nos  mais organizados. Revermos quem nos complica a vida, identificarmos quem não está na nossa onda e realizarmos essa limpeza que as vezes é necessária.

A questão não esta em livrarmos-nos das complicações, mas sim definir a sequência em que elas surgirão na nossa vida. E quando elas surgirem devemos ter sempre em mente um principio fundamental: resolve-lo o mais depressa possível.

Os problemas fazem-nos evoluir, essa é a sua função. Mas às vezes não é fácil... também ninguém nos disse que não ia ser difícil.

Continuemos o caminho.

Disse.